Lesões nos Esportes

curiosidades

Entorse: é um movimento anormal de uma articulação, além do que os ligamentos podem suportar, resultando em lesões dos ligamentos. É o acidente mais freqüente no meio esportivo que afeta, sobretudo joelhos e tornozelos. O nome mais comum é a “torção”.
Contusão: é um trauma ou uma batida, em qualquer parte do corpo, que provoca uma compressão violenta. Pode comprometer a função dos músculos ou tendões, além de causar inflamação local. Pode também ser chamada comumente de “pancada” ou “tostão”.
Luxação: sinônimo de “desencaixe”. É o deslocamento anormal das superfícies de contato da articulação com os ossos. Às vezes, mais grave do que uma fratura. Normalmente, de forma leiga, esse diagnóstico é apontado como algo simples. Ouve-se, freqüentemente: “é apenas uma luxação”. No entanto, a luxação requer cuidados médicos urgentes. Comumente, pode-se dizer que: “Desloquei o ombro”.
Fratura: é a perda da continuidade de um osso, que pode apresentar desvio ou não. É a famosa “quebra” do osso. No esporte, os atletas costumam ter fraturas causadas por estresse, ou seja, decorrentes do excesso de atividades. Nesse caso, o osso ¨racha¨ em dois pedaços e provoca muita dor.
Distensão ou estiramento: ocorre quando as fibras musculares alongam-se além do seu comprimento normal. O músculo distende-se e provoca dor, fisgada e às vezes, incapacidade de contrair normalmente.
Cãimbra: é a contração involuntária e dolorosa do músculo. Pode ser provocada por acúmulo de ácido lático ou alteração no metabolismo de alguns elementos (sais minerais, potássio, cálcio), entre outras causas. Por exemplo, a famosa “câimbra de nó”.
Tendinite: é a inflamação do tendão (cordão ou feixe fibroso localizado na extremidade dos músculos), conseqüência da repetição excessiva de movimentos. Muito comum aos atletas que estressam demais alguma articulação. Pode ser confundida com a bursite, e está presente também na famosa LER.

2. Causas de lesões provocadas por treinamento

Supertreinamento: isto é, treino exagerado, que pode resultar em lesões nos atletas. Pode ser resultado de exercícios de curta duração e alta intensidade ou por exercícios de longa duração e baixa intensidade. A prevenção para essas lesões é evitar grandes aumentos no volume (número de dias por semana) ou na intensidade do treinamento (por exemplo, levantar peso, aumentar a distância da corrida).
Aplica-se a regra dos 10%, que sugere que não se aumente mais do que 10% na intensidade ou na duração do treinamento. Por exemplo, um corredor que corre 20 quilômetros por semana pode aumentar a sua distância na semana seguinte para 22 quilômetros.
O uso de calçados inadequados: com a tecnologia atual pode-se contar com calçados específicos para cada modalidade esportiva. Os pés são o ponto de apoio que permitem ao indivíduo adotar as posturas adequadas às várias atividades físicas. Portanto, se o alicerce não for bom, a construção pode desmoronar e é isto que pode acontecer com o corpo humano, além das dores nos pés, tornozelos, joelhos e na coluna.
Superfície de treinamento: evitar correr em superfícies muito duras, como asfalto e concreto, tanto em aclives como em declives. Hoje, nas Artes Marciais, já se tem o piso emborrachado que já traz muito conforto e alívio aos impactos sofridos pelo corpo.
Alimentação inadequada e falta de hidratação: Estar sempre com a dieta equilibrada de acordo com os 3 macro nutrientes da cadeia: carboidratos, proteínas e gorduras. Estar atento à hidratação antes, durante e após os treinamentos, com a reposição correta e balanceada dos eletrólitos, que são perdidos com a transpiração exagerada.
O que fazer neste momento? Procurar um nutricionista especializado.

A PREVENÇÃO É A FORMA DE TRATAMENTO MAIS EFICAZ

  • Treinador e atleta devem:
  • Estudar rigorosamente a sessão programada;
  • Analisar os riscos de cada exercício;
  • Avaliar clínica, física e psicologicamente os atletas;
  • Fazer um treinamento específico para cada modalidade. Atletas “de fim de semana” são mais propensos a traumas graves;
  • Fazer alongamento antes e depois de qualquer atividade física;
  • Manter sempre o equilíbrio muscular, ou seja, a força;
  • Conhecer bem as regras do esporte que será praticado;
  • Usar os equipamentos de proteção e as roupas adequadas a cada esporte, como capacetes, joelheiras, protetores de ombros, tornozelo e boca.

3. Orientação de primeiros socorros

O que fazer imediatamente após uma lesão?

Repouso: a estrutura lesada deverá ficar em repouso imediatamente, respeitando-se a dor do atleta.
Gelo: aplicar gelo na região lesada, durante quinze minutos, a cada duas horas.
Compressão: a compressão da região afetada controla o edema (inchaço) e o hematoma.
Elevação do membro afetado: é importante para evitar a reação inflamatória, pois favorece o retorno do sangue venoso, diminuindo a formação de edemas e hematomas.

O QUE NÃO FAZER

Calor: evitar qualquer forma de calor na região, pois estimula a circulação local, podendo aumentar o edema e hematoma.
Álcool: não ingerir bebidas alcoólicas porque o álcool tem características vasodilatadoras.
Massagem: não é indicada na fase aguda ou inflamatória, pois poderá aumentar o edema.
Não usar qualquer tipo de spray.
Após uma lesão, sempre procure um médico. Certamente, ele te encaminhará a um fisioterapeuta.

Fonte: Fisioterapia Desportiva